Texto de: Gabriel Panice
Enfim chegou o grande dia. O mais aguardado por quem ama e
acompanha futebol. A final da Copa do
Mundo. Alemanha e Argentina, cada uma a seu modo, se preparam para a batalha
final. Seis jogos após iniciarem a disputa, ambas têm seus motivos para
levantarem a taça. A Alemanha, para essa geração apagar de vez a fama de
amarelona e garantir um título, após tantas vezes ficar quase lá (final da Copa
em 2002 e na Euro 2008, além das semifinais das Copas de 2006 e 2010 e da Euro
2012). Já a Argentina, para quebrar o longo tabu de 28 anos sem Copa, e desde
1993 sem ganhar nenhum título (nem Copa América), além de poder levantar a tão
sonhada taça em território inimigo, como lembrou o bravo Mascherano antes da
Copa (um dos melhores do Mundial, por sinal).
Alemanha e Argentina se tornarão hoje, as duas seleções eu mais
se enfrentaram em finais de Mundial: a terceira (antes 86 e 90). No México em
86, comandados por Maradona, os argentinos levantaram a taça pela segunda vez na
história. O troco veio em 90, na Itália. Os alemães ganharam por 1 a 0 em um
lance muito polemico. Aos 40 do segundo tempo, o mexicano Edgardo Codesal aponta a marca da cal após
uma simulação de Voeller. Brehme
(que não era o batedor oficial, só bateu porque o capitão, Mätthaus, estava com
uma bolha no pé) foi lá e deu o terceiro titulo alemão.
No Brasil, acontece o tira
teima. Algumas superstições vêm à tona. A Alemanha foi campeã quando usou seu
uniforme principal, o que acontece amanhã. Ao contrário da Argentina, que usa
seu segundo, o mesmo que perdeu em 90. Tanto Brasil, quanto Itália levaram 24
anos para conquistar o tetra campeonato. Esse ano completa 24 anos do tri
alemão, será?
A sede por vingança é muito maior por parte da Argentina. Se enfrentaram nas duas últimas Copas, nas duas a Alemanha passou. Em 2006, precisou dos pênaltis, já em 2010, um massacre por 4 a 0, e os alemães eliminaram pela segunda Copa seguida os argentinos nas quartas de final.
Em 2010, a Alemanha goleou por 4 a 0 e mandou a Argentina para casa. (foto: Getty Images)
Dentro de campo, sem muitas
surpresas. Alemanha deve vir com o mesmo time que atuou nas quartas, contra a
França e no massacre, contra o Brasil. Lahm na lateral e Klose no ataque. Pelo
lado albiceleste, di María ainda tem chance se jogar. Treinou no sábado, mas
sentiu um incomodo no final da atividade e deve ficar no banco, assim como
Agüero. Dessa forma, repetiria o mesmo time que eliminou a Holanda nos pênaltis. As prováveis escalações:
O que esperar do jogo?
Alemanha com a bola, Argentina compactada, esperando para golpear com os pontas
Enzo Pérez e Lavezzi e claro, Lionel Messi, solto, para decidir. Hoje, é
essencial que ele apareça para a Argentina vencer.
Para nós, brasileiros, resta
aproveitar o espetáculo. Se nossa seleção deu o maior vexame da história do
futebol, nossa Copa não deixa a desejar em nada. Merecemos uma final memorável.
Essa Copa merece. Desfrutemos. Afinal, teremos a melhor seleção, o melhor jogador, o maior palco, o maior artilheiro. É aproveitar.