A "ótima geração belga" vai pra casa

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Texto de: Enrique Bayer

Tchau Bélgica, sentiremos saudades! Foto: Reprodução/Zero Hora
Agora são três encontros entre argentinos e belgas em Copa do Mundo. Os hermanos levam vantagem de 2 a 1 no confronto histórico. Em 1982 os belgas venceram por 1 a 0. Em 1986 Maradona foi o responsável pela vitória dos nossos vizinhos, 2 a 0. Na edição de 2014, Hazard e seus companheiros viram Higuaín dar a vitória aos argentinos.

É verdade que nenhuma das duas seleções tinha correspondido às expectativas criadas até aqui. A Bélgica, com talvez sua geração mais talentosa venceu por placares magros adversários como Rússia e Coréia do Sul. Nossos vizinhos argentinos ganharam da Bósnia com um gol contra e do Irã graças a um gol de Messi no finalzinho.

O começo do jogo, no entanto, foi promissor, parecia que Argentina e Bélgica fariam o melhor jogo das quartas de final. As duas seleções começaram marcando forte e trocando chegadas no ataque. Logo antes dos 10 minutos ficou claro que Sabella colocou o time pra frente, Lavezzi pela esquerda, Higuaín pela direita, Di María e Messi mais "livres" pra buscar o jogo. E foi isso que fizeram os argentinos até marcarem seu gol, aos 7 minutos de jogo. Em passe de Mesi pelo meio a bola sobrou no jeito para Higuaín que marcou seu primeiro gol na Copa.

Da metade do primeiro tempo em diante o jogo esfriou. A Argentina - cautelosa - diminuiu o volume ofensivo, a Bélgica - sem Mertens e Lukaku - chegava ao campo de ataque, mas sem criar grandes chances. Quando o time belga permitia, os hermanos apostavam na individualidade, com Messi, Higuaín, Di María (ou quem pegasse a bola) tentando a arrancada.

Com Hazard mais uma vez apagado, Witsel e Felaini, os cabeludos belgas, eram os responsáveis pela criação das melhores chances do time europeu, que tentou chutes longos. Aos vinte e cinco minutos da primeira etapa o meia do Zenit achou de Bruyne no meio, o jogador do Wolfsburg obrigou Romero a fazer boa defesa. Aos 33, Di María, o argentino que mais se movimentava, saiu machucado, e a Argentina diminuiu ainda mais a intensidade no ataque.

A defesa argentina a propósito - bastante contestada - fez boa atuação. Sem frescura, evitava a todo custo que Romero se sentisse ameaçado. Biglia, que começou como titular, teve destaque protegendo a zaga, Basanta também foi seguro. Aos 9 do segundo tempo, de novo na individualidade, Higuaín arrancou, caneteou Kompany e meteu no travessão de Courtois, quase liquidando a partida.

Já no final da partida os técnicos Sabella e Wilmots decidiram que faltava emoção ao jogo morno. O belga resolveu colocar Mertens e Lukaku dando mais presença ofensiva aos seus comandados. O argentino cometeu um erro comum nessa Copa: com o time vencendo, tirou os atacantes e trocou-os por volantes ou zagueiros (erro cometido pelo México e pelo próprio Brasil, por exemplo). Com isso, a Argentina passou um "calorzinho" em Brasília.

Lukaku, Van Buyten e Felaini marcaram presença na área argentina nos minutos finais, tentando fazer com que a Bélgica sobrevivesse no torneio, não funcionou. Os hermanos seguem vivos e dão aos seus animadíssimos torcedores motivos pra continuar cantando, no estádio. Os argentinos esperam a Holanda de Robben ou a Costa Rica de Bryan Ruiz nas semis.


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